sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cavaco não representa o Estado. Ficou provado na Colômbia



Não são muitos os países que se podem orgulhar de ter um Nobel da Literatura. São menos ainda os países que, tendo um Nobel entre os seus cidadãos, não os referem (com orgulho) em eventos internacionais.

Pois bem, o discurso com que o Presidente da República, Cavaco Silva, inaugurou na noite de quarta-feira a Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBO), de que Portugal é o convidado de honra, foi o único entre as principais intervenções na sessão oficial que não fez referência a José Saramago. Diz muito do carácter e do sentido de Estado do professor Cavaco Silva. Sampaio nunca foi católico, mas nem foi por isso que deixou de respeitar a Igreja, estando presente no funeral do antigo cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro. Mário Soares também nunca confundiu o Estado com as suas opções políticas.

Cavaco confundiu, mais uma vez, agora na Colômbia, a representação do país com as suas convicções ideológicas. Lamentável.

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