quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Falta vergonha à CGTP



Vai acesa a polémica sobre o pedido de autorização da CGTP para organizar uma manifestação que, em vez de descer a Avenida da Liberdade, atravesse a Ponte 25 de Abril. Qualquer que venha a ser a decisão final, haverá motivos de queixa. É normal, estamos em democracia.

Mas o que não se compreende é que uma organização que se reclama credível, que se empenha na defesa dos direitos dos trabalhadores, como é a CGTP, venha, através de um dos seus membros da Comissão Executiva, promover de forma descarada a fraude e dar o pior dos exemplos à sociedade civil.

Vem isto a propósito da notícia publicada, na sua edição de hoje, pelo jornal Público, onde Armando Freitas –  com um total desplante, sem pinga de vergonha e com a maior falta de respeito não apenas pela organização da Meia Maratona de Lisboa, mas também para com todos aqueles que pagam a sua inscrição para correr ou andar, ter água durante o percurso e a respectiva medalha de participação no final da prova –  afirma que “em qualquer evento desportivo na ponte há inscrições, e depois há milhares de pessoas que participam sem se inscreverem. Até a minha mulher já participou e não se inscreveu".

Ora bem, senhor Armando Freitas, que a sua mulher participe sem se inscrever e sem pagar já devia ser motivo de vergonha suficiente. Que um membro da Comissão Executiva da CGTP o assuma com esta naturalidade e total desplante ainda é mais grave.

Assim se vê a credibilidade dos nossos dirigentes – também os sindicais. E agora venha o senhor Armando Freitas dizer mal dos políticos... Que vergonha! Já agora, diga à sua mulher que devia pagar todas as provas em que participou e não o fez e pedir desculpas públicas pelo abuso e pela total falta de respeito demonstrada em relação a todos aqueles que se inscrevem e pagam para participar.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Empresas de sondagens


Passadas as eleições autárquicas, uma pergunta se coloca: qual a seriedade de algumas sondagens eleitorais? Já aqui tínhamos escrito sobre uma pseudo-sondagem "martelada" por uma conhecida empresa e que o Expresso publicou há algumas semanas. No caso, foi a sondagem referente a Oeiras. A noite eleitoral confirmou que a mesma era um embuste completo. A pergunta é: o que vai acontecer aos responsáveis por essa empresa? Possivelmente, nada. Estamos em Portugal.

Mas há outra particularidade da noite eleitoral, como é possível que Luís Filipe Menezes tenha chegado tão confiante ao dia 29? Possivelmente porque tinha alguma empresa a fornecer-lhe sondagens completamente truncadas. É a única explicação que se pode encontrar para a confiança evidenciada na última semana de campanha.

Moral da história: há boas e más empresas de sondagens. As más deviam ser penalizadas por todos: candidatos, jornais e autoridades. Afinal, cometem fraude, mas temo que as coisas vão continuar iguais…