segunda-feira, 22 de abril de 2013

A avença de um subdirector



Podemos dizer e adjectivar o Benfica-Sporting de ontem de várias formas, aliás já ontem foi possível ver os vários comentadores de rádio e televisão debitar longas análises sobre o jogo. A vitória é justa, como também é justo que se discuta a hipótese de Capela não poder ter em Portugal um critério “largo” como ontem quis ter, e teve, para os dois lados.

O Benfica marcou dois golos limpos, o segundo devia ir directamente para o Museu do Louvre como peça de arte que é. Os teóricos do futebol vão ficar a reclamar penáltis que não foram assinalados, como o Benfica já reclamou no passado. A verdade é que justificar a vitória do Benfica dessa forma é mesquinho e profundamente injusto.

O Record decidiu na capa publicar uma dita “sentença Record” que determina que ficaram dois penáltis por marcar. O mais estranho é que lá dentro a “Sentença Record” não é assinada, o que é logo mau sinal. Fica sem credibilidade e nem sequer é consensual com a opinião daqueles que o jornal convidou para emitir opinião sobre o assunto.

Mais estranho ainda é que Pedro Sousa, o assessor do Sporting, contratado por Godinho Lopes mas que na fase final do mandato deste já estava a colaborar com Bruno Carvalho e por isso se justifica a sua continuidade na actual estrutura (a traição é sempre premiada), tenha recebido um telefonema do subdirector do Record, de seu nome Bernardo Ribeiro, a dizer que as chefias só o deixavam assumir 2 penáltis.

É claro, que qual troféu, Pedro Sousa entendeu partilhar a informação com as chefias e nem só. Pedro Sousa tinha de mostrar que tem influência no Record.

A isenção não se apregoa, pratica-se, e actos destes comprometem o bom-nome do Record enquanto jornal que se quer não alinhado. Se eu fosse o director, assumia uma posição. Se fosse Paulo Fernandes, patrão da Cofina, despedia uma tão subserviente figura que se diz jornalista e afinal parece não passar de um simples avençado.

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