sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Sondagens truncadas – e não é por incompetência!


Quando lemos num jornal uma sondagem e a sua respectiva ficha técnica, ficamos convencidos da seriedade da mesma. Estamos numa época de muitas sondagens, por força das eleições autárquicas do próximo dia 29 de Setembro, e queremos – merecemos – que as sondagens sejam sérias e rigorosas.

A Aximage fez há poucos dias uma sondagem sobre Oeiras. Nessa sondagem, Moita Flores aparece 7 pontos atrás de Paulo Vistas. Diria que é normal, em função da origem das candidaturas. Uma é de alguém que vem de longe: Santarém, sem qualquer passado ligado a Oeiras, e sem qualquer outro interesse que não seja partidário. Outra é de alguém que está na câmara há muitos anos e pretende ser o continuador da obra de Isaltino – que, em boa verdade, culpas à parte, é uma obra notável.

Acontece que a Eurosondagem, outra empresa de sondagens, que está a trabalhar para o grupo Impresa, fez também a sua sondagem em relação a Oeiras. Do trabalho de campo, os profissionais da Eurosondagem chegaram aos mesmos resultados da Aximage, uma diferença de 7 pontos.

Mas, no próximo sábado, o Expresso vai dar conta de uma sondagem em que o diferencial foi reduzido a metade. E isso não tem nada de científico, é, sim, o resultado das muitas pressões que alguns senhores do PSD fizeram junto de Rui Oliveira e Costa, o homem forte da Eurosondagem, que lá alterou os resultados finais.

Mau para a democracia portuguesa, mau para os leitores, mas principalmente mau para a credibilidade da Eurosondagem.

Já Santana Lopes, em Janeiro de 2005, tinha lançado um aviso às empresas de sondagens, afirmando que muitas faziam verdadeiras fraudes para condicionar o voto. Parece que Santana tinha razão!

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